1.1.08

Ecce homo


Sem sono!



Ideias para um post: ecce homo.



Embora este chão de terra seja o mesmo, é preciso a sua renovação constante; estrumá-lo com todos os momentos que nos oferecem e revirá-lo para que outras memórias possam respirar.

Então, mergulhemos o braço audaz com vigor no saco e que venha a mão cheia de outras sementes anunciadoras de boas colheitas.

De cada vez que, qualquer data se aproxima, muitas vezes tenho pensado que é chegada a altura de dar novo rumo às coisas. Mas, foram já tantas as datas e tantas as coisas prometidas ao longo do tempo que, julgo ter-me esquecido de tudo o que foi prometido.

Não é por falta de vontade nem por falta de coragem, simplesmente, os dias vão passando e o significado que outrora se afigurava como fruto, paulativamente, vai-se diluindo e enrolando em outros motivos.

Tenho pensado, seriamente, em fundar a "seita do dia anunciado"para assim, encarar as coisas como definitivas.Qual quê!? Puro engano!Nada é definitivo .Tudo é tão inconstante!

Seja como for ,o início de cada ano pode servir como um marco ou sinal de viragem.Pois, mas o tempo passa e também nós passamos a vida atrás do tempo.

Olharmos para o passado é a pior forma de envelhecermos, antes termos de rejuvenescer no futuro, o lugar onde podemos encontrar alguma felicidade.

Precisamos de olhar para as coisas e vê-las dentro de nós.Sim, porque tudo temos dentro de nós.

A verdade só existe se acrteditarmos nela; a poesia só tem significado se as palavras nos tocarem a alma; a vida só é é real se a consegirmos viver...e por aí adiante!
monge

8 comentários:

avelaneiraflorida disse...

Pois então, amigo monge, olhemos para diante!!!!

fazer reflexão ou balanço do que passou é positivo para ajudar a perspectivar o futuro!!!!
Mas...não nos fiquemos pelas lamentações e pelo saudosismo...
as palavras são como a vida! precisamos senti-la para poder encontrar-lhes o significado mais profundo!!!!
Tudo de BOM!!!!
Bjkas, Amigo!!!

Anónimo disse...

Por vezes a sociedade tem dificuldade em descobrir a sua essência.
A sociedade, tem que arrumar a sua alma, alma essa em que as pessoas têm medo de entrar, pois se vão remexer na alma vão descobrir memórias de vidas passadas, vidas essas que não queremos jamais remexer pois temos medo.
O medo é a pior prisão que nos temos, é tempo de agarrar coragem e descobrir o seu próprio eu, o que esta aqui dentro, pois se não estivermos com a alma limpa não podemos ajudar o próximo.
Para ajudar os outros é necessário primeiro ajudar-nos a nos mesmos, e como fazer!? Meditando, reflectindo aquilo que esta mal e bem na nossa alma.
As pessoas têm sempre a tendência para dizer que qualquer dia fazem esta mudança mas vão adiando, adiando e nunca mais.
e só assim poderemos proseguir na vida.

Anónimo disse...

Amigo monge, boas palavras que "insónia" por ventura te inspirara! Talvez alinhe na "seita do dia anunciado", resta escolher o dia!... Nós é que somos o anuncio. O enunciado que anuncia e promete. O anunciado que reflete a incomensorável loucura que é viver! Aventura digna dum ser Humano, sem tempo! (essa dimensão castradora do infinito)
Votos de muita imaginação e saúde.
abraço sentido e a todos, feliz ano novo!

eremita

monge disse...

Olá amiga avelaneira

Pois é, p'rá frente é que é o caminho. Se bem que, por vezes, algum saudosismo não nos faça mal nenhum, pelo contrário nos consola e nos prega com um sorriso nos lábios, porque a vida também é feita de momentos belos e bons. Agora o que me esforço por abolir em mim, são aqueles pensamentos corrosivos que teimam em agarrar-se sem descolar, tais como o remorso. Se por acaso errei, se agi mal, se as minhas paalvras foram mal interpretadas ou impensadas, pelo menos fui.
É isso mesmo. Esta vida mais não é do que a constante busca do seu sentimento mais profundo.

Boas procuras e bom ano para ti.

bj

monge

monge disse...

Olá Marco

gostei das tuas palavras as quais também sinto e que, aparentemente simples, são reveladoras de imensa sensibilidade.
Também acredito que só nós somos capazes da mudança, o que por vezes não fazemos por que não sentimos cá dentro a força suficiente. Temos que nos libertar de alguns grilhões (tantas vezes fúteis e supérflos!) e abraçar a vontade de viver com toda a sua grandeza e assim, talvez se todos fizermos isso, a sociedade se torne mais arrumada e "isto" menos estranho.

Vamos prosseguir, Marco. Um bom ano para ti,

abraço

monge

monge disse...

Olá amigo eremita

Bonitas palavras as tuas companheiro! Pois é meu amigo, esta aventura, apesar de tudo, julgo que merece ser vivida. Se bem que, com o tempo (eternamente a pesar-nos na pele)os riscos sejam mais calculados, em nada me tira a coragem de seguir em frente e mansamente (cada vez mais) palmilhar este percurso de Terra. Ficarmos reféns da ânsia de viver, refugiarmo-nos na vontade de
termos sido, em nada, isso contribuirá para a busca insatisfeita de nós próprios. Por isso, cada vez mais, sinto ganas de me atirar para corrente e deixar-me levar para onde me sinta bem, para onde encontre algum conforto, sem grande fantasmas para sustentar e talvez assim, quando desaguar, consiga erguer alguns monumentos de porta aberta e dai, contemplar a minha existência, ausente de secos desertos.

Abraço concreto, com votos de um bom ano para ti, meu amigo.

monge

Ni disse...

Frutos que se diluem na maré do tempo... sempre a mudar. Uma vida que só é Vida se dela vivermos tudo. E um chão, sempre o mesmo, mas com caminhar(es) sempre renovado(s), para um passo mais além.

A vida é um lugar estranho, mas que nos faz cruzar em lugares que sabemos que vamos voltar.

monge disse...

Olá Ni

Plenamente de acordo: a vida tem que ser inteiramente vivida, não nos podemos ficar pela sua metade (a propósito, deste uma ideia!).
Não podemos deixar por mãos alheias a força da nossa vontade; não devemos abdicar nunca da natureza dos nossos princípios, nem deixar de ver a vida com a lucidez dos nossos sentimentos.
Quando surgiu a decisão de criar este blog, mais não foi do que fazê-lo com um sentimento de partilha. Viver neste lugar, mesmo que estranhamente, revela-se um desafio interessante.

bj

monge