31.8.12

 
 
Encaminho-me, sem saber, para sítios onde julguei ter estado.
 

25.8.12

Love Likes Coincidences


Teve início ontem, cá em casa, a nossa sessão de cinema em família. Com pipocas ou sem pipocas, a partir de agora (esperemos!) todas as sextas feiras iremos tentar ver um filme em conjunto. Ou melhor, no meu caso, terei que o rever pois o filme deverá ser visto com antecedência para evitar quaisquer tipos de imprevistos que possam não se adequar a todas as faixas etárias.
Assim sendo, iniciamos com um filme que já tinha visto há tempos e o qual tinha ideias de partilhar com os meus. É um filme de origem turca, já de 2011, mas que está muito bem conseguido.  Com  boa realização, magnífica interpretação, boa fotografia e com um enredo surpreendentemente impressionante e terno.
Aconselhável para quem gosta de coisas do coração.
Magnífico!

18.6.12

365 Dias com Histórias da História de Portugal
Sinopse:À segunda-feira conheça os grandes factos e pequenos episódios que marcaram a História de Portugal, à terça é a vez de ser apresentado aos seus protagonistas, na quarta trave guerras sangrentas e batalhas vitoriosas e na quinta veja-se envolvido em revoluções e conspirações que abalaram o poder. A sexta é dia de ficar a par das histórias de alcova, de traições e infidelidades de reis, rainhas e não só e no sábado surpreenda-se com os mitos, lendas e curiosos mistérios dos nossos nove séculos de História. Para terminar a semana, ao domingo é tempo de descansar a ler episódios relacionados com grandes escritores, artistas e monumentos de Portugal. O convite é irrecusável. Só precisa de poucos minutos por dia para, de forma concisa e divertida, fazer uma extraordinária viagem pela História de Portugal ao longo de 365 dias. Cada dia é uma nova descoberta. Uma nova história.


Tal como a sinopse indica, trata-se de um grande livro repleto de pequenas histórias (365, precisamente) sobre Portugal, desde os principios da nossa nacionalidade até à revolução dos cravos, mais coisa menos coisa. Apesar das suas 700 páginas, é um livro que se torna de leitura fácil, quer pelo interesse que desperta, quer pela fluidez da escrita, quer pelo bom humor com que o autor aborda muito dos temas. E mesmo tratando-se de histórias com uma ou duas páginas, não se pense que uma por dia chega. Nada disso! Mesmo estando nós num ano bissexto, sobram os dias para tantas histórias.
Sabendo que a Sofia, amiga interessada pela história e com sentido de humor apurado, também mostrou interesse pela sua leitura, prontamente lho levei para depois partilharmos ideias à hora do almoço.
Interessantíssimo!

monge

17.6.12

                                      Curso rápido de gramática
- Filho da puta é adjunto adnominal, quando a frase for: ''Conheci um político filho da puta".
- Se a frase for: "O político é um filho da puta", aí, é predicativo.
- Agora, se a frase for: "Esse filho da puta é um político", é sujeito.
- Porém, se  apontares uma arma para a testa do político e dizes:"Agora nega o roubo, filho da puta!" - daí é vocativo.
- Finalmente, se a frase for: "O ex-primeiro ministro, aquele filho da puta, arruinou o país e não só" - daí, é aposto.
Que língua a nossa, não?!
Agora vem o mais importante para o aluno. Se estiver escrito:
"Saiu de primeiro ministro e foi viver para França e ainda se acha o salvador da pátria." O "filho da puta" aqui é sujeito oculto ...
Irresistível ... a bem da língua portuguesa, mas a mal do seu embrutecido povo! 

15.6.12

Bom dia me dê eu

Quando percorremos algumas aldeias do nosso interior transmontano, frequentemente somos contemplados com um acolhedor e ancião cumprimento: " Bons dias nos dê Deus!" 
Se por um lado nos conforta, por outro empurra-nos o espírito para  divagações mais profundas acerca do seu verdadeiro significado e da forma meiga e suave da boa intenção de quem o profere.
Embalado pela música que levava nos ouvidos (seja para que lado for que ela nos consegue levar), chego ao ginásio cheio de ganas para enfrentar  os  desvarios com que as distrações gulosas nos conseguem ludibriar. Sem reparar em mim, acerto a altura do assento da imóvel bicicleta, sento-me, ergo os olhos para o espelho que forra a parede dianteira e educadamente cumprimento-me:
- Bom dia!
Poder-me-ia ter rido, mas não foi essa a reação primeira. 
Também esse cumprimento repentino despertou em mim outro eu. Esse momento, foi motivo mais que suficiente para um poderoso exercício de reflexão, o qual permitiu sair de um existir monótono e difuso, para encarar destemidamente as promessas do futuro. Isso trazer-me-ia mais tarde, outro momento do existencialismo sartriano, em que um simples seixo frio apertado na mão, nos consegue dizer que estamos vivos. 
Muito provavelmente, serão estes momentos que nos proporcionam alguma consciência.

monge

5.5.12

Rimas de Petrarca
   


Acabado de sair da mesinha de cabeceira, este livro que Vasco Graça Moura intitulou As Rimas de Petrarca, é a primeira tradução integral para língua portuguesa dos Rerum Vulgarium Fragmenta, no título original, obra também conhecida por Canzoniere.
Edição bilingue com mais de 900 páginas, a obra é constituída por um total de 366 composições que se dividem em 317 sonetos, 29 canções, nove sextinas, sete baladas e quatro madrigais.
Como é que se lê um livro de poesia com esta envergadura? Como se leem todos os outros livros de poesia, suponho. Se a leitura não obrigar a uma disciplina sequencial, nada melhor do que vagabundear de poema em poema, qual salteador à procura de se encantar pela magia das palavras.
De Petrarca ficou-me apenas o nome, certamente mencionado pelo P.e Leão nas aulas de Português. Já que Petrarca é tido  como o criador do soneto (e tendo gostado especialmente de um), nada melhor do que deixar aqui alguma marca da sua genealidade. Eu de italiano non capisco niente, contudo gosto da sonoridade da língua e por isso a versão original do poema. Por pura curiosidade, procurei outras traduções, tendo ficado agradavelmente surpreendido pela variedade de interpretações, quer causadas pela riqueza da língua, quer pela sensibilidade poética de cada um. 

Pace non trovo e non ho da far guerra;
e temo e spero, et ardo e son un ghiaccio;
e volo sopra'l cielo e giaccio in terra
e nulla stringo e tutto 'l mondo abbracio.

Tal m'ha in prigion che non m'apre nè serra,
nè per suo mi ritien nè sciogle il laccio;
e non m'ancide Amor e non mi sferra,
nè mi vuol vivo nè mi trae d'impaccio.

Veggio senz'occhi, e non ho lingua e grido;
e bramo di perir e chieggio aita;
e ho in odio me stesso ed amo altrui.

Pascomio di dolor, piangendo rido;
egualmente mi spiacecmorte e vita:
in questo stato sion, donna, per vui.

Francesco Petrarca (1304 -1374)

Nem tenho paz nem como fazer guerra,
espero e temo e a arder gelo me faço,
voo acima do céu e jazo em terra,
e nada agarro e todo o mundo abraço.


Tem-me em prisão quem ma não abre ou cerra,
nem por seu me retém nem solta o laço,
e não me mata Amor, nem me desferra,
nem me quer vivo ou fora de embaraço.


Vejo sem olhos, sem ter língua grito,
anseio por morrer, peço socorro,
amo outrem e a mim tenho um ódio atroz,


nutro-me em dor, rio a chorar aflito,
despraz-me por igual se vivo ou morro.
Neste estado, Senhora, estou por vós.


Tradução: Vasco Graça Moura

Não tenho paz nem posso fazer guerra;
temo e espero, e do ardor ao gelo passo,
e voo para o céu, e desço à terra,
e nada aperto, e todo o mundo abraço.

Prisão que nem se fecha ou se descerra,
nem me retém nem solta o duro laço;
entre livre e submissa esta alma erra,
nem é morto nem vivo o corpo lasso.

Vejo sem olhos, grito sem ter voz;
e sonho perecer e ajuda imploro;
a mim odeio e a outrem amo após.

Sustento-me de dor e rindo choro;
a morte como a vida enfim deploro:
e neste estado sou, Dama, por vós.


Tradução: Jamil Almansur Haddad





Não tenho paz, e não me fazem guerra
Espero e temo, sou um gelo e asso
Aos ares vôo, tendo os pés na terra
Braços vazios, todo o mundo abraço

Aberta está a cela que me encerra
E nem me prende e nem se afrouxa o laço
Amor me absolve e não me desaferra
Ou me condenas e solta-me o baraço

Sem olhos vejo, e grito sem a língua
Eu, que amo tanto, sou por mim odiado.
Almejo a morte e clamo por socorro

Choro de rir, sou rico e sofro à míngua
E tanto faz, por mim, se vivo ou morro
Por ti, Senhora, é que ando neste estado.

Tradução:Sérgio Alcides

monge

29.4.12

Rita Lee - Amor & Sexo



Letra de boa música que, inteligentemente percebida, poderá contribuir para dissipar eventuais dúvidas sobre a distinção destes dois sentimentos usualmente confundidos.

monge

25.4.12

Para sempre Abril


"Sei que não foi graças a mim
Agradeço a quem o fez
Eu vivo em liberdade
Para sempre ... talvez."

Rachel Andrade

Valeu a colega Odete que me ofereceu este cravo, ao qual vinha apensa esta quadra da aluna Rachel. À falta de outros, coloquei-o no tablier do carro onde permaneceu ao longo de toda a jornada.
Ainda bem que a Rachel tem na sua consciência a gratidão para com aqueles que lhe permitem viver agora em liberdade. Só espero que não se perca a vontade e a coragem para que consigamos que ela e todos os outros possam viver em liberdade para sempre ... sem talvez.

monge

24.4.12

Hoje era dia de comprar cravos vermelhos!


- Boa tarde. Cravos vermelhos, tem?
- Cravos vermelhos não há.
- Já não há, ou não os teve hoje?
- Não há! Os que tive vendi-os todos. Até liguei para o mercado para arranjar mais e não consegui. Parece que se acabaram os cravos vermelhos em Vila Real! - respondeu-me a senhora.
Esta foi a última resposta que obtive na terceira florista que apressadamente visitei, após ter chegado à cidade. Ainda perguntei se amanhã estaria aberta para assim me poder guardar meia dúzia deles, mas o aceno negativo da simpática senhora intensificou o meu desalento.
Ao sair, já com a porta a fechar-se atrás de mim, ainda ouvi a colega perguntar-lhe num tom de indiferença:
- E já não se pode fazer o 25 de Abril sem cravos vermelhos?
Estive vai não vai para voltar a entrar e dizer-lhe que não, pois esse dia "fez-se" com cravos vermelhos e não poderá ser de outra maneira.Como tenho comprado a minha meia dúzia de cravos vermelhos neste dia, fiei-me na sorte de os continuar a arranjar.
O dia 25 de Abril, é o meu dia do ano. Além de todo o significado que representa, elegi-o como o dia em que mais gosto de sentir a liberdade em mim. Vai fazer vinte anos que neste dia, tenho a vontade de ir a sítios onde nunca fui, ver coisas que nunca vi, oferecer cravos a quem não conheço.
Para esses sítios levo os meus cravos vermelhos, os quais vou oferecendo a porteiros de museus, a seguranças de monumentos históricos ou deixado-os sobre a mesa dos restaurantes como gorjeta da minha singela liberdade. Penso que talvez desta forma se perpetue a nossa liberdade e não se passe um dia sem cravos vermelhos.
Vamos semear Abril!

p.s.: desobedecerei eternamente ao novo acordo ortográfico, pois Abril será sempre grande.

monge

22.4.12

vontade de viver


Não quero dizer que não gosto de viver de uma forma sem pensar. Quero dizer que penso nesta forma de viver.
E vivo cada vez mais, cada vez maior.
Sem fazer de conta, não podemos negar a vontade de sentir. Aquela vontade que não podemos deixar para depois, onde queremos que nasçam todos os momentos que nos fazem felizes, aos quais devemos retribuir de qualquer forma. Nem que seja estranha.

monge

9.3.12


"Com a palavra, o homem supera os animais. Mas com o silêncio supera-se a si mesmo"

Paul Masson

O acto solitário em si, pode tornar-se um perpétuo exercício de raciocínio. Tudo depende!
Estarmos sós, permite-nos a ambição de pretendermos abranger o todo num instante. E logo de repente!
Estarmos sós, significa a vontade de estarmos ali. A sós.
Ainda que seja só às vezes, nós perante nós, pode ter a ver com o perfeito motivo de um suave abandono. Louco, mas suave. Tão suave como a macia farinha peneirada.
E o juízo? O juízo é bastante . Tão bastante, quanto a inevitável vontade de querermos ser felizes.
Não acredito que a solidão seja a tal dor física que dói por toda a parte e que lentamente nos tenta sugar a vida. Não. A solidão é um sentimento são.

monge

4.3.12

Os Deuses não podem fazer pelo Homem o que o Homem tem de fazer por si próprio.

monge

13.2.12


Gosto de sonhar. Sem dúvida!
Se nós lhe pertencemos, de certeza que antes de lá chegarmos, já ele sabia que nós iamos. O sonho.
Acordá-mo-lo sem querer, desejámo-lo sem o ter e acabamos por não o viver. O sonho.
Ao acordar, traz-nos o despertar, a vista do mesmo olhar.

monge

12.2.12

Com esdrúxulos sentimentos, alguém terá dito que todas as cartas de amor são ridículas. Tal como essa Pessoa, também eu escrevi cartas de amor, bilhetes de amor, poemas de amor. Só me faltou a coragem de entrar em cena com a minha sensibilidade à flor da pele para assim perpetuar a tinta da china o que, se calhar, hoje também julgaria ridículo.
Porque me perco quando vou de encontro aos livros e porque me encontro nas palavras sublinhadas, nas lembranças dos marcadores que cada um contem, deparei-me ontem com um bilhete de amor silenciosamente aconchegado n'O Inverno do Nosso Descontentamento  de Steinbeck. E como tudo veio por arrasto, esse livro trouxe-me tempos em que mansamente deambulava pelos alfarrabistas da Rua da Fábrica e da Rua do Almada, onde encontrava aqueles livros que me procuravam a mim. Livros lidos e usados, escritos ou rabiscados, amados ou odiados ... enfim, livros!
E nesse reencontrei este poema (o tal marcador), folha lisa e rasgada de um bloco com argolas, cujas letras a lápis não terão sido passadas a limpo pelos olhos de quem as deveria ter lido.

E fielmente diz assim:

Corre mansamente
O ribeiro pela encosta
Levando consigo e envolvendo
O sabor da tua boca.

Deixaste-me em silêncio
Deparando o meu amor
Partindo e chorando
E acalentando esta dor.
Pela encosta abaixo
Corre o ribeiro, meu amor.

A saudade bate forte
choro a tua ausência
olho as águas lentamente
do ribeiro, meu amor.

Passa o tempo, corre a vida
A tortura desvanece
À espera que chegue o dia
desse amor que me enlouquece.
Lentamente pela encosta
corre o ribeiro meu amor.

22.1.12


"Adoro o luxo. E o luxo não reside na riqueza e na ornamentação, mas na falta de vulgaridade"
Coco Chanel

Não é meu hábito julgar os outros, mas por mais voltas que desse, não consegui encontrar palavras para compreender o significado desta expressão.
Como pessoal vulgar que sou, e pelo que percebo, a falta de vulgaridade a que esta senhora se refere, assim como os artigos à sua marca associados, são no meu entender, "coisas" perfeitamente dispensáveis e curiosamente, para pessoas de elevada riqueza, que mais não servem a não ser satisfazer a ostentação.
Se uma mala de senhora da Hermès custa 100.000 euros ou se uma cama para cães de Carolina Herrera custa 660 euros, eu estou-me perfeitamente borrifando para quem pode esbanjar tanto dinheiro. Gasta-lo-ão obviamente porque podem. Mas não deixará de ser luxo. 
Curiosamente é em tempos de crise que os artigos de luxo costuma  disparar, e as grandes marcas de moda, todas elas com assento na rica baixa lisboeta dizem não sentir a crise, dizem até com certo orgulho que 60% da clientela é portuguesa. Ah!,e agora também as "damas" de Angola que se deslocam lá prepositadamente  para comprar sapatos a 950 euros ... o par.
Crises? What crises?
monge

luxo, s.m. ostentação da riqueza, magnificência, gala, fausto, sumptuosidade, pompa.
vulgar, adj. que diz respeito ao vulgo, comum, trivial, ordinário, frequente.


19.1.12


Naquele ir,
obrigação encarcerada,
estar a fugir
importava em nada.

Afastava-me sem proveito,
sem reparar nas emboscadas,
com as palavras no peito
e de costas voltadas.

Vencido pelo esquecimento
 e com um cigarro aceso,
abafava esse momento,
num sorriso adormecido e preso.

Todavia, tomba-se a esperança
sacudida e enamorada,
feita linguagem de criança,
afasta-se e acena já cansada.

monge

17.1.12

tempo

somos condicionados por um presente que é o futuro de um passado nosso

monge

15.1.12

poesia concreta


"Fazer da palavra um embalo
é o mais puro e apurado
senso da poesia."
SONO COLOQUIAL, Mia Couto, idades, cidades,divindades

Ao fim e ao cabo, a poesia para mim acabam por ser as palavras dos outros.  Encaro-a como um produto de linguagem onde se materializa a "sintese estética de todas as impressões" sentidas em mim. No entanto, a poesia tem uma virtude, a qual de uma forma reflexiva, nos permite perceber as questões da verdade e da falsidade, nas das palavras mas dos actos e das vontades dos homens. 
"Pretendo que a poesia tenha a virtude de, no meio do sofrimento e desamparo, acender uma luz qualquer, uma luz que nos é dada, não desce dos céus, mas que nasce das mãos e do espírito dos homens"
Ferreira Gullar
Posto isto, se não nos preocuparmos com o que nos rodeia, jamais poderemos fazer uma análise que faça coincidir os nossos sentimentos com a realidade.
"Por caminhos só rectos não sei ir.
Nos ínvios por que vou, não sei ficar.
Suspenso do passado e do provir,
Venho e vou!, venho e vou!, não sei parar.
Abri asas nas mãos para fugir,
E raízes nos pés para amarrar.
(Levava chão nos pés indo a subir,
Trazia céu nas mãos vindo a baixar...)
Eis, porém, que estes dons ultra-humanizam,
E os homens, meus irmãos, se escandalizam
E me espontam as asas e as raizes.
Assim se castram eles próprios, pobres!,
E tendo-se, mais vis, por mais felizes,
Se satisfazem com seus magros cobres..."
LIBELO, José Régio, Cântico Negro
 
monge

14.1.12

Atualidade

Bem haja quem que, com estas maravilhosas formas de arte, consegue obter um efeito cómico e ao mesmo tempo  suficientemenete capaz de despertar consciências. Qual bardo!

monge