18.6.12

365 Dias com Histórias da História de Portugal
Sinopse:À segunda-feira conheça os grandes factos e pequenos episódios que marcaram a História de Portugal, à terça é a vez de ser apresentado aos seus protagonistas, na quarta trave guerras sangrentas e batalhas vitoriosas e na quinta veja-se envolvido em revoluções e conspirações que abalaram o poder. A sexta é dia de ficar a par das histórias de alcova, de traições e infidelidades de reis, rainhas e não só e no sábado surpreenda-se com os mitos, lendas e curiosos mistérios dos nossos nove séculos de História. Para terminar a semana, ao domingo é tempo de descansar a ler episódios relacionados com grandes escritores, artistas e monumentos de Portugal. O convite é irrecusável. Só precisa de poucos minutos por dia para, de forma concisa e divertida, fazer uma extraordinária viagem pela História de Portugal ao longo de 365 dias. Cada dia é uma nova descoberta. Uma nova história.


Tal como a sinopse indica, trata-se de um grande livro repleto de pequenas histórias (365, precisamente) sobre Portugal, desde os principios da nossa nacionalidade até à revolução dos cravos, mais coisa menos coisa. Apesar das suas 700 páginas, é um livro que se torna de leitura fácil, quer pelo interesse que desperta, quer pela fluidez da escrita, quer pelo bom humor com que o autor aborda muito dos temas. E mesmo tratando-se de histórias com uma ou duas páginas, não se pense que uma por dia chega. Nada disso! Mesmo estando nós num ano bissexto, sobram os dias para tantas histórias.
Sabendo que a Sofia, amiga interessada pela história e com sentido de humor apurado, também mostrou interesse pela sua leitura, prontamente lho levei para depois partilharmos ideias à hora do almoço.
Interessantíssimo!

monge

17.6.12

                                      Curso rápido de gramática
- Filho da puta é adjunto adnominal, quando a frase for: ''Conheci um político filho da puta".
- Se a frase for: "O político é um filho da puta", aí, é predicativo.
- Agora, se a frase for: "Esse filho da puta é um político", é sujeito.
- Porém, se  apontares uma arma para a testa do político e dizes:"Agora nega o roubo, filho da puta!" - daí é vocativo.
- Finalmente, se a frase for: "O ex-primeiro ministro, aquele filho da puta, arruinou o país e não só" - daí, é aposto.
Que língua a nossa, não?!
Agora vem o mais importante para o aluno. Se estiver escrito:
"Saiu de primeiro ministro e foi viver para França e ainda se acha o salvador da pátria." O "filho da puta" aqui é sujeito oculto ...
Irresistível ... a bem da língua portuguesa, mas a mal do seu embrutecido povo! 

15.6.12

Bom dia me dê eu

Quando percorremos algumas aldeias do nosso interior transmontano, frequentemente somos contemplados com um acolhedor e ancião cumprimento: " Bons dias nos dê Deus!" 
Se por um lado nos conforta, por outro empurra-nos o espírito para  divagações mais profundas acerca do seu verdadeiro significado e da forma meiga e suave da boa intenção de quem o profere.
Embalado pela música que levava nos ouvidos (seja para que lado for que ela nos consegue levar), chego ao ginásio cheio de ganas para enfrentar  os  desvarios com que as distrações gulosas nos conseguem ludibriar. Sem reparar em mim, acerto a altura do assento da imóvel bicicleta, sento-me, ergo os olhos para o espelho que forra a parede dianteira e educadamente cumprimento-me:
- Bom dia!
Poder-me-ia ter rido, mas não foi essa a reação primeira. 
Também esse cumprimento repentino despertou em mim outro eu. Esse momento, foi motivo mais que suficiente para um poderoso exercício de reflexão, o qual permitiu sair de um existir monótono e difuso, para encarar destemidamente as promessas do futuro. Isso trazer-me-ia mais tarde, outro momento do existencialismo sartriano, em que um simples seixo frio apertado na mão, nos consegue dizer que estamos vivos. 
Muito provavelmente, serão estes momentos que nos proporcionam alguma consciência.

monge