30.8.07

A Natureza da Felicidade

Eis mais um excelente registo do antropólogo e zoólogo britânico Desmond Morris, mais conhecido pelo seu best-seller "O Macaco Nú" 1, apelido que o autor não hesitou, e muito bem, atribuir ao homo sapiens (sim, nós mesmos), "animalizando-o". Nesta polémica obra, Desmond Morris nunca descurando a perspectiva evolutiva da nossa espécie, revela-nos um importante trabalho de análise e reflexão baseado na partilha de valores e sentimentos que são características comuns dos seres humanos, conseguindo (quanto a mim) demonstrar a sempre presente condição animal, no comportamento fascinante da espécie humana. Esta visão permitiu-me encurtar a distância entre nós e os animais e consequentemente concluir que, quanto mais sei sobre os animais, melhor percebo a nossa raça. É um livro a ter em conta e o qual, julgo que deveria ser de leitura obrigatória, pelo menos no secundário.
Em "A Natureza da Felicidade" o autor trilha novamente a sua vertente antropológica, e procura abordar a questão na perspectiva de que a busca da felicidade é uma das preocupações primeiras do ser humano e o reconhecimento desse facto, é uma aspiração estimulante para todos nós. Deixo-vos com uma passageem deste fascinante livro, assim como algumas definições de felicidade, que mais me agradaram e que o autor recolheu ( mais de centena e meia) de algumas mentes originais.

"A verdadeira natureza da felicidade é, muitas vezes, mal compreendida. É frequentemente confundida com satisfação, contentamento, ou paz de espírito. A forma mais simples de explicar a diferença é descrever o contentamento como a disposição que sentimos quando a vida nos corre bem, enquanto a felicidade é a sensação que temos quando ela melhora subitamente. No preciso momento em que nos acontece algo de maravilhoso, somos invadidos por uma onda de emoção, um sentimento de prazer intenso: uma explosão de puro deleite. Este é o momento em que somos verdadeiramente felizes."

Felicidade = Objectivo de vida: "A felicidade é ... a única coisa para que temos tempo. Não temos tempo para sermos nós próprios." Albert Camus

Felicidade = Atitude: "A felicidade nunca será maior do que a noção que temos dela." Maurice Maeterlinck

Felicidade = Efémera: "A felicidade é tão bela como o arco-íris, esse filho sorridente da tempestade." George Arliss

Felicidade = Esquiva: "A felicidade é como um raio de sol, interceptado pela mais ínfima das sombras." Provérbio chinês

Felicidade = Não se pode procurar: "A felicidade não é alcançada com mais facilidade por aqueles que a procuram directamente." Bertrand Russel
Felicidade = Impossível: "A felicidade não passa de um sonho, e a mágoa é a realidade." Voltaire
Felicidade = Conquista: "A felicidade não é um estado a que se chega, mas um modo de viajar." Margaret Lee Runbeck
Felicidade = Variada: "A felicidade assume tantas formas como o descontentamento."
Phyllis McGinley
Felicidade = Trivial: " A felicidade é ... não antecipar demasiada felicidade." Bernard Le Bovier
Felicidade = Vencer: "A felicidade é ... o sentimento que o poder aumenta." Friedrich Nietzsche
Felicidade = Partilha e Cooperação: "A felicidade nasceu com um gémeo ... todos que procuram a alegria devem partilhá-la." Lord Byron
Felicidade = Sensualidade: "A felicidade é o prazer sem remorsos." Sócrates
Felicidade = Cerebral: "A felicidade é ... isolarmo-nos na arte e considerar tudo o resto nada" Gustave Flaubert
Felicidade = Racionalidade: "A felicidade (do povo) é a abolição da religião" Karl Marx
Felicidade = Negativa: "A felicidade é o intervalo entre períodos de tristeza" Don Marquis
Felicidade = Tranquilidade: "A felicidade é uma submissão tranquila a uma ilusão agradável" Laurence Sterne
Felicidade = Inocência: "A felicidade é ... uma consciência tranquila" Edward Gibbon
Felicidade = Estupidez: "A felicidade é ... o estado sereno e pacífico de ser um idiota entre patifes" Jonathan Swift
Felicidade = Fantasia: "A felicidade é ... sairmos de nós próprios e ficarmos no exterior" Henry James
Felicidade = Irracional e Imaginativa: "A felicidade é um ideal da imaginação e não da razão" Immanuel Kant
Felicidade = Sorte: "A felicidade provavelmente não passa de um acidente" Anónimo
Felicidade = Sem qualificação: "A felicidade é ... um hipotálamo desinibido"
E para rematar ... " Em Hollywood, se não temos felicidade, encomendamo-la." Rex Reed
Ao que parece, todos nós, de uma forma ou de outra, podemos ser felizes! Mas será que o somos verdadeiramente?
Estarmos vivos o suficiente para nos apercebermos de que realmente precisamos de ser felizes já é uma benção. Felizmente.
A propósito, estamos abertos a sugestões, para uma tentativa de definir felicidade.

monge

1 Morris, Desmond. O Macaco Nú. Publicações Europa América.
E por falar em Neruda: ATAHUALPA YUPANQUI (poeta/cancioneiro argentino nascido a 31 de Janeiro 1908 e falecido a 14 de Novembro de 1990)

CANCION PARA PABLO NERUDA (Atahualpa Yupanqui) Pablo nuestro que estás en tu Chile, Viento en el viento. Cósmica voz de caracol antiguo. Nosotros te decimos, Gracias por la ternura que nos diste. Por las golondrinas que vuelan con tus versos. De barca a barca. De rama a rama. De silencio a silencio. El amor de los hombres repite tus poemas. En cada calabozo de América un muchacho recuerda tus poemas. Pablo nuestro que estás en tu Chile. Todo el paisaje custodia tu sueño de gigante. La humedad de la planta y la roca allá en el sur. La arena desmenuzada, Vicuña adentro, en el desierto. Y allá arriba, el salitre, las gaviotas y el mar. Pablo nuestro que estás en tu Chile. Gracias, par la ternura que nos diste.

EL POETA Tu piensas que eres distinto Porque te dicen poeta, Y tienes un mundo aparte Mas allá de las estrellas. De tanto mirar la luna Ya nada sabes mirar. Eres como un pobre ciego Que no sabe adónde va. Vete á mirar los mineros, Los hombres en el trigal, Y cántale a los que luchan Por un pedazo de pan. Poeta de tierras rimas, Vete á vivir a la selva, Y aprenderás muchas cosas Del hachero y sus miserias. Vive junto con el pueblo, No lo mires desde afuera, Que lo primero es ser hombre, Y lo segundo, poeta. De tanto mirar la luna...

JUAN Canción (A. Yupanqui - Pablo del Cerro)
Sembrando la tierra, Juan se puso á considerar: ¿Por qué la tierra será del que no sabe sembrar? Le pido perdón al árbol cuando lo voy á tronchar. Y el árbol me dijo un día ¡Yo también me llamo Juan! Tuve en mis ramas un nido. Yo sé que se salvarán. Los pájaros siempre vuelan. Yo, nunca aprendí á volar. Triste es la vida del campo, arar, sembrar, y esperar El verano, y el otoño, y el invierno... todo igual. Quizá pensando, pensando, un día aprenda á volar . . .

http://www.sreyes.org/atacancionero.htm

para ouvir!

eremita

23.8.07

O Carteiro ...do nosso contentamento

Numa tentativa de exorcizar a raiva contida para com o tal carteiro, vi-me na obrigação de (re)rever o Carteiro de Pablo Neruda (Il Postino), este sim, o verdadeiro carteiro metafórico. Eleito por mim como um dos melhores filmes de sempre, guardo-o como tal e não me canso de o ver.
Filme de uma beleza plástica rara, narra o percurso do carteiro Mario Ruoppolo que vê a sua vida meio perdida despertar com a chegada de Pablo Neruda, cujo exílio político o obriga a refugiar-se na ilha de Cala di Sotto. Quando se torna amigo do famoso poeta chileno, Mario não perde ocasião para tentar perceber as suas palavras, as quais lhe vão permitir elaborar metáforas (metafori), compreender ideias poéticas e permitir-lhe a autonomia de reenvindicar. E Mario assume esta atitude em todos os sentidos, dizendo mesmo que os poemas de Neruda também eram seus porque lhe tinham despertado emoções:

-" A poesia não é de quem a escreve mas sim de quem precisa dela".


Desta forma Mario consegue entender que o verdadeiro significado da poesia está no despertar de emoções e na inquietação que nos provoca, sentimentos que só a quem a lê dizem alguma coisa.
"O poeta é uma alma grande e generosa ...que fala de maneira diferente". Mario tenta dizer a Neruda que as palavras poeticas são tão simples que a ele próprio já lhe aconteceram só que "...nunca seria capaz de as dizer". Neruda procura consolar o carteiro assegurando-lhe que a poesia não se explica mas sente-se, porque a explicação da poesia significa a morte do poema e "...quando explicada a poesia torna-se banal".

Evidentemente que o filme não é só isto, é também recheado de outros inúmeros atributos: o argumento, a fotografia, banda sonora, actores secundários, etc. Absolutamente delicioso!
No entanto, o que mais me fascina é a magnífica interpretação de Massimo Troisi (Mario Ruoppolo) que consegue emprestar ao personagem uma ingenuidade desconcertante e uma melancolia tal, deixando-me confuso na distanção entre o real e o imaginário.
Acrescentado algumas informações paratextuais sobre o filme, o actor Massimo Troisi morreu logo após as filmagens não desfrutando do enorme sucesso alcançado com o seu desempenho, o qual lhe valeu um Óscar a título póstumo. Por isso, algumas das filmagens do seu personagem são muitas vezes realizadas estando ele sentado ou parado, isto porque a sua débil condição física de outra forma não permitia. Paz à sua alma.


Título Original: "Il Postino" (1994); Realização: Michael Radford; Actores: Massimo Troisi, Philippe Noiret, Maria Grazia Cucinotta.

monge

22.8.07

O Carteiro ... do meu descontentamento

Todos nós sabemos que a praia não é nenhum eterno descanso. Há sempre algo, que de uma forma ou outra, se pode tornar incomodativo: seja o vento desagradável, seja a pegajosa areia ou os barulhos circundantes. Putos a gritar, bebés a chorar, conversas paralelas, música a tocar, ainda vá que não vá. Agora, um carteiro de férias?! Garanto-vos que é deveras insuportável!
Numa outra praia que costumo frequentar, pequenina e bem apessoada, certa manhã, ainda com alguma indolente sonolência, lá se cumpriu o ritual de ajeitar o nosso cantinho. Sombra espraiada, toalhas estendidas, corpos oleados, estava na hora da leitura das notícias. Mal começamos a deitar os olhos sobre as folhas do jornal, eis que toca um telemóvel mesmo à minha esquerda.
O que se passou a seguir é de um assombroso realismo!
Era então um solícito carteiro que se encontrava de férias e de muito bom grado, não parava de dar indicações minuciosas sobre as moradas dos destinatários ao seu substituto, mas tudo isto com uma enervante voz megafónica.
- Segues sempre e quando chegares ao fim da recta, é ai, ao pé dos bancos de madeira, onde as pessoas se costumam sentar (pormenor delicioso).
Lá se iam seguindo as intermináveis indicações, e por mais que não se quisesse não podiamos deixar de nos imaginar sentados ao lado do carteiro substituto a percorrer todos os recantos lá para os lados de Santiago (?).
- Vá lá, diz mais!
- ...
- Na, não incomodas nada. (Nadinha!)
Já a paciência começava a dar sinais de saturação, quando de repente:
- Ao passares a ponte, viras no cruzamento à esquerda e é logo a seguir ao café daquela boazona.
- ...
- Sim, aquela mamalhuda.
Boazona mamalhuda?? Credo! Não há imaginação que suporte tamanha descrição. Basta! Vamos à água para ver se arrefecemos os ânimos, ou ainda desgraçamos a vida. Pois a vontade era arrancar o guarda-sol e dar umas valentes bordoadas àquele carteiro.
Ainda houve um dia ou outro que voltamos a dar de caras com o dito senhor, mas apesar de pequenina, lá conseguimos arranjar um cantinho ... na outra ponta da praia.
monge

17.8.07

THE STRAGLERS
The very best of!
Ai estão eles de novo! Mais propriamente, uma colectânea destes míticos dos anos 80. Quem não ouviu os Stranglers? Lembro-me que foi uma das minhas primeiras paixões musicais, na minha adolescência. Alguém me tinha gravado, na altura, uma k7 (relíquia doutros tempos) com varias musicas. Uma delas era o "golden brown" dos Stranglers. Uma balada inesquecivel! Constato que não tem uma ruga, contrariamente a mim! Ouvia-se também os Pink Floyd, Stones, ACDC e outros Queen dum reino maravilhoso e apaixonante
à "la folie" e "always de sun" nesse re-canto da memoria!...

PEACHES, altamente refrecantes...
eremita

11.8.07

Pierre Rabhi
Deambulando pela livraria, como é meu costume - vaguear pelo mundo- tropecei visualmente neste livro que comecei desde logo a ler. assim encontros na vida, fortuitos - os verdadeiros encontros são sempre fortuitos, o resto são desencontros com hora marcada - que nos conciliam com o acaso. Achei o titulo do livro - "itinerário dum homem ao serviço da terra-mãe" - sugestivo, e a expressão do olhar do autor, na cobertura, convidativo. Logo no prefácio : "Tantos exploradores europeus relataram as suas aventuras através dos continentes que não lhes pertenciam, porquê eu, africano, não darei conta do meu itinerário quase forçado através do continente material e cultural da nação francesa?" Boa pergunta, e será interessante acompanhar este africano, de confissão muçulmana e de dupla cultura, pelas nossas cidades, que ele considera um caos, à imagem do modelo policitco e económico ocidental, cuja insustentabilidade está mais que provada. Reivindica por isso, na esteira dos "altermundalistas" e outros anti liberais, um regresso urgente à terra mãe, às origens. No fundo, profeta duma espiritualidade concreta, professa o reencontro do homem com a natureza e consigo próprio. Uma tentativa de resgate duma humanidade à deriva!...

naturalmente,
eremita

7.8.07

Bola de Berlim!!!

Preferindo sobremaneira o fumeiro e os queijos curados, digo já que não sou grande apreciador de doçaria e garanto que, as bolas de berlim que agora se vendem nas praias, são dos poucos bolos que como ao longo do ano. Ainda assim, tornei-me cliente habitual de um dos vendedores, de entre uma boa meia dúzia deles que enxameiam uma das praias que frequento há já algum tempo. Parecendo que não, após umas boas braçadas ou uns longos passeios à beira-mar, uma bola de berlim cai que nem ginjas, mesmo que nos assalte o remorso (passageiro) de sabermos da sua elevada constituição calórica.
Mal se chega à praia ai estão eles de marmita às costas a inundar o areal e anunciar a dita nos mais variados pregões: desde os adocicados e melodiosos brasileiros “Olhá bolinha” e “Oi, chamou, eu vou”, aos secos e austeros soprados de Leste “Buolos di beirlin”, até ao mais simpático, mediático e dietético “Bolinha santinha light”. À saida da praia, regressamos a casa com aquele eco a soar na cabeça e o travo ainda doce a bailar nas papilas, graças à abençoada bola. Para todos os gostos! Com creme ou sem creme: 1 euro.
Eis que um dia, chegamos, montamos a barraca e apercebemo-nos logo da falta de algo: não se ouvia no ar um único pregão. Estranhamos, interrogamo-nos, mas isso não fez com que as bolas aparecessem. Bem, aparentemente, a manhã avizinhava-se mais sossegada se não fossem logo, dai a pouco, os piriquitos, quais filhotes esfomeados no ninho à espera do cibo:
- Quero uma bola!
- Hoje não há bolas.
- Então quero um bollicao. (Pior! Isso implicava uma deslocação ao café da praia).
No dia seguinte, compro o DN e na última página ai estava a explicação: “Cerca de quatro mil bolas de Berlim impróprias para consumo foram apreendidas ontem em praias algarvias”. Uma operação conjunta levada a cabo por várias entidades “visava a venda ambulante ilegal deste tipo de bolo”.
Agora a interrogação tornara-se ainda maior. “Espera lá. Mas então a venda disto é ilegal? Então os moços andam com t-shirts da clix, bonés da clix, bolos embrulhados em guardanapos com o logotipo da clix a dizer-se patrocionador oficial das bolas de berlim no Verão de 2007 e isto é ilegal?” Estranho!
Lá fomos lendo e andando, voltamos a montar a barraca (forma de dizer) e já com bollicao’s no saco, isto porque, quem vai p’rá praia prepara-se em casa. Hum, mais uma manhã sossegada e uma calorias a menos p’ró bucho. Qual quê!
Como que combinados, todos à uma, irrompem pela praia fora os variados pregões a anunciar a bolinha e a cobiçar os ouvidos ansiosos e as vontades augadas pela ausência do dia anterior. Ia jurar que, nesse momento, se ouviu em uníssono, um longo e satisfeito “Ahhh!”.
No que é que ficamos? “Então os vendedores sempre estão ilegais! Claro. Não se nota pela forma como eles vigiam constantemente o topo das dunas? Mas continuam a vender e com todo o equipamento da clix!!Olha, não sei!”
Que haja controle alimentar sobre o produto: tudo bem. Que seja regulada a sua venda: tudo bem. Agora, que um operador nacional patrocine a venda de um produto que afinal é ilegal: sinceramente não percebo.
E pelo que vi e pelo que comi, o transporte, o acondicionamento e apresentação das bolas sempre me pareceu em boas condições. E pelos vistos a todos os veraneantes que as devoravam num ápice.
Enfim! Talvez mais uma hipocrisia das nossas entidades. E não só!

Curiosamente, após algumas pesquisas, há fontes que indicam a Bola de Berlim como um bolo tradicional da doçaria portuguesa. Que estranho!


monge

6.8.07

Olá!

Depois deste interregno, típico dum verão quente em que a vida corre devagar, acontecemos...

Gostava de vos falar do Krishnamurti: Escritor de origem indiana, desaparecido 21 anos, que deixou uma obra rica e edificante (tanto dum ponto de vista filosófico que espiritual) Este titulo foi o primeiro que descobri e confesso que foi para mim uma revelação. Não se reconhecendo em nenhuma corrente filosófica ou religiosa - aliás, nunca cessou de denunciar essas "drogas douradas" que são as religiões e as doutrinas politicas - é como livre pensador que ele aborda as questões filosóficas mais pertinentes e intemporais. Espírito livre portanto, fez da sua vida uma procura constante da verdade mesmo se a verdade, como ele dizia, não tem caminhos. Da sua vasta bibliografia, "a revolução do silêncio" e "libertar-se do conhecido" são apenas alguns exemplos, sugestivos e algo provocatórios, dum espírito "reaccionário" perante o politicamente correcto de cuja hegemonia, baseada em preconceitos, é urgente libertarmo-nos...

pacificamente,

eremita