22.5.11

The National - Fake Empire


Mais uma bela sugestão do amigo Nuno.
Com uma letra nitidamente dirigida aos tempos americanos da governação de Bush (poder-se-á ver num outro video clip). Li algures que The National terão já atingido o seu auge e maturidade. É possível que os tenhamos por cá, nalgum dos nossos festivais. Era uma ideia.

monge

21.5.11

Não vivo muito longe do centro da cidade, mas na ida e na volta ainda se gasta quase uma hora de caminho, o qual sendo feito por percursos alternativos, até se pode tornar agradável e interessante.
Porque decidi privilegiar as caminhadas, porque decidi poupar em combustível e estacionamentos, ontem desloquei-me ao centro para tratar de assuntos na seguradora e nos correios. Sabendo que os correios fechavam mais tarde, fui primeiro à seguradora. Como andava sem seguro de carro há já alguns dias, em vez de me passar nova declaração provisória, o funcinário propôs-me o pagamento da prestação do mês de Maio e assim receberia de imediato a carta verde. E não é que, a prestação acertou em cheio com o dinheiro que tinha no bolso, tendo ficado a dever ainda um centimo ao dito senhor? Ele há coisas!
Bem, sem dinheiro, já não pude ir aos correios, despachar com urgência as pilhas para o aparelho auditivo de minha mãe. Lá me pus a pé novamente a caminho de casa, sabendo que teria de lá voltar.
Na cidade onde vivo, há ruas em que os passeios permitem que passe apenas uma pessoa.
Caminhando com passo apressado e o pensamento pouco companheiro, aperecebo-me de outro transeunte vindo em direcção a mim, e inevitavelmente deparamo-nos com aquela habitual situação em que ambos hesitamos, mesmo sem nos olharmos. Eu desço o pé do passeio, ele imediatamente desce também o pé do passeio, logo eu retorno ao passeio e ele sai do passeio para me deixar passar a mim. Ao passar por mim, o senhor alto e jovem, educadamente disse:
- Peço desculpa. Tenha uma boa tarde.
Apanhado de surpresa, nunca esperei que me pedisse desculpa, muito menos que me desejasse boa tarde. No entanto fê-lo.
Isto durara pouco mais de um segundo. Aquele senhor não perdera tempo a demonstrar talvez o orgulho da sua humanização. E eu ganhara talvez um pouco mais vontade de viver, de saber que neste mundo ainda há motivos pelos quais vale a pena existir.
Ontem esteve um dia radioso!

monge