29.4.12

Rita Lee - Amor & Sexo



Letra de boa música que, inteligentemente percebida, poderá contribuir para dissipar eventuais dúvidas sobre a distinção destes dois sentimentos usualmente confundidos.

monge

25.4.12

Para sempre Abril


"Sei que não foi graças a mim
Agradeço a quem o fez
Eu vivo em liberdade
Para sempre ... talvez."

Rachel Andrade

Valeu a colega Odete que me ofereceu este cravo, ao qual vinha apensa esta quadra da aluna Rachel. À falta de outros, coloquei-o no tablier do carro onde permaneceu ao longo de toda a jornada.
Ainda bem que a Rachel tem na sua consciência a gratidão para com aqueles que lhe permitem viver agora em liberdade. Só espero que não se perca a vontade e a coragem para que consigamos que ela e todos os outros possam viver em liberdade para sempre ... sem talvez.

monge

24.4.12

Hoje era dia de comprar cravos vermelhos!


- Boa tarde. Cravos vermelhos, tem?
- Cravos vermelhos não há.
- Já não há, ou não os teve hoje?
- Não há! Os que tive vendi-os todos. Até liguei para o mercado para arranjar mais e não consegui. Parece que se acabaram os cravos vermelhos em Vila Real! - respondeu-me a senhora.
Esta foi a última resposta que obtive na terceira florista que apressadamente visitei, após ter chegado à cidade. Ainda perguntei se amanhã estaria aberta para assim me poder guardar meia dúzia deles, mas o aceno negativo da simpática senhora intensificou o meu desalento.
Ao sair, já com a porta a fechar-se atrás de mim, ainda ouvi a colega perguntar-lhe num tom de indiferença:
- E já não se pode fazer o 25 de Abril sem cravos vermelhos?
Estive vai não vai para voltar a entrar e dizer-lhe que não, pois esse dia "fez-se" com cravos vermelhos e não poderá ser de outra maneira.Como tenho comprado a minha meia dúzia de cravos vermelhos neste dia, fiei-me na sorte de os continuar a arranjar.
O dia 25 de Abril, é o meu dia do ano. Além de todo o significado que representa, elegi-o como o dia em que mais gosto de sentir a liberdade em mim. Vai fazer vinte anos que neste dia, tenho a vontade de ir a sítios onde nunca fui, ver coisas que nunca vi, oferecer cravos a quem não conheço.
Para esses sítios levo os meus cravos vermelhos, os quais vou oferecendo a porteiros de museus, a seguranças de monumentos históricos ou deixado-os sobre a mesa dos restaurantes como gorjeta da minha singela liberdade. Penso que talvez desta forma se perpetue a nossa liberdade e não se passe um dia sem cravos vermelhos.
Vamos semear Abril!

p.s.: desobedecerei eternamente ao novo acordo ortográfico, pois Abril será sempre grande.

monge

22.4.12

vontade de viver


Não quero dizer que não gosto de viver de uma forma sem pensar. Quero dizer que penso nesta forma de viver.
E vivo cada vez mais, cada vez maior.
Sem fazer de conta, não podemos negar a vontade de sentir. Aquela vontade que não podemos deixar para depois, onde queremos que nasçam todos os momentos que nos fazem felizes, aos quais devemos retribuir de qualquer forma. Nem que seja estranha.

monge