25.4.10

ABRIL



Lá vem a censura

Ela vem atrás de nós

Segue os nossos passos

E até ouve a nossa voz

Esconde-se p'ra ver

Onde está o mais incauto

Somos todos nós

Mas só um fala mais alto

Um povo curvado

Também sonha, mas não canta

Até que um dia,

O próprio sonho se levanta

Abril é uma manhã eternamente

O limpo despertar que vale a pena

Cravo perfumado este presente

Com pétalas de flor vila morena

Abril é um caminho sempre em frente

Verbal infinito Acreditar.

Não há outro modo de ser gente:

Ser livre sobre a terra e sobre mar.



(desconheço o autor)

15.4.10



"Nós somos o que fazemos.
O que não se faz não existe.
Portanto, só existimos nos dias em que fazemos.
Nos dias em que não fazemos, apenas duramos".


Pe António Vieira