19.1.12


Naquele ir,
obrigação encarcerada,
estar a fugir
importava em nada.

Afastava-me sem proveito,
sem reparar nas emboscadas,
com as palavras no peito
e de costas voltadas.

Vencido pelo esquecimento
 e com um cigarro aceso,
abafava esse momento,
num sorriso adormecido e preso.

Todavia, tomba-se a esperança
sacudida e enamorada,
feita linguagem de criança,
afasta-se e acena já cansada.

monge

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