"Adoro o luxo. E o luxo não reside na riqueza e na ornamentação, mas na falta de vulgaridade"
Coco Chanel
Não é meu hábito julgar os outros, mas por mais voltas que desse, não consegui encontrar palavras para compreender o significado desta expressão.
Como pessoal vulgar que sou, e pelo que percebo, a falta de vulgaridade a que esta senhora se refere, assim como os artigos à sua marca associados, são no meu entender, "coisas" perfeitamente dispensáveis e curiosamente, para pessoas de elevada riqueza, que mais não servem a não ser satisfazer a ostentação.
Se uma mala de senhora da Hermès custa 100.000 euros ou se uma cama para cães de Carolina Herrera custa 660 euros, eu estou-me perfeitamente borrifando para quem pode esbanjar tanto dinheiro. Gasta-lo-ão obviamente porque podem. Mas não deixará de ser luxo.
Curiosamente é em tempos de crise que os artigos de luxo costuma disparar, e as grandes marcas de moda, todas elas com assento na rica baixa lisboeta dizem não sentir a crise, dizem até com certo orgulho que 60% da clientela é portuguesa. Ah!,e agora também as "damas" de Angola que se deslocam lá prepositadamente para comprar sapatos a 950 euros ... o par.
Crises? What crises?
monge
luxo, s.m. ostentação da riqueza, magnificência, gala, fausto, sumptuosidade, pompa.
vulgar, adj. que diz respeito ao vulgo, comum, trivial, ordinário, frequente.
2 comentários:
A crise há-de se sempre e só para alguns! Enfim idiossincrasias que só uns quantos abonados da sorte podem alcançar!!!
Sem me arvorar em defensor da Madame Chanel, julgo que a frase tem (mesmo) algum sentido. Eu, ao contrário da erstilista, gosto da minha "aurea mediocritas", mas admito noutros uma necessidade (quase pulsão) de recusar a "vulgaridade", o normal. Não vejo mal nisso.
No que se refere aos ricos angolanos da modernidade, aí comungo bem do teu escândalo, ainda que tal possa desagradar ao senhor ministro Relvas...
Abraço! JJC
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