25.4.10

ABRIL



Lá vem a censura

Ela vem atrás de nós

Segue os nossos passos

E até ouve a nossa voz

Esconde-se p'ra ver

Onde está o mais incauto

Somos todos nós

Mas só um fala mais alto

Um povo curvado

Também sonha, mas não canta

Até que um dia,

O próprio sonho se levanta

Abril é uma manhã eternamente

O limpo despertar que vale a pena

Cravo perfumado este presente

Com pétalas de flor vila morena

Abril é um caminho sempre em frente

Verbal infinito Acreditar.

Não há outro modo de ser gente:

Ser livre sobre a terra e sobre mar.



(desconheço o autor)

3 comentários:

Li Malheiro disse...

Que belo quadro/poema.
A mão que segura o cravo, faz o poema afaga a vida faz o desenho, passa ao papel o pensamento, e segura a aldraba da Porta, que Abril Abriu, para que esta não se feche e assim se mantém aberta a entrada para a LIBERDADE, sempre.
Aquele abraço rubro tal o cravo que seguro desde ontem, no encerramento do 10º Congresso da FENPROF.
Li

sonho disse...

Ser livre...bem digamos que livres, livres...não somos...a sociedade impõe tantas regras...
Beijo d'anjo

sonho disse...

Passei para ves se havia novidades...mas...não há...:(
Beijo d'anjo