12.6.09

Porque os outros se mascaram ... mas eu não!

Aquando da comemoração da Semana da Língua Portuguesa, foram expostos cartazes com imagens e poemas de alguns dos nossos maiores poetas. Houve um que me tocou especialmente. Depois de o ter lido, partilhado e comentado com outros colegas, logo foi julgado mais que oportuno para retratar o que hoje se passa um pouco por todas as escolas. Refiro-me em particular ao injusto, nefasto e intolerável sistema de avaliação que se quer impor a toda a força à classe docente. Muitos houve que participaram em acções de protesto, assinaram abaixo-assinados, participaram em manifestações mas, num puro golpe de oportunismo, rapidamente se prontificaram a ser avaliados. Eu não! Recusei-me a entregar os objectivos e participei activamente em todos os protestos, deslocando-me quatro vezes a Lisboa para me expressar.

O poema foi fotocopiado e colocado sob o vidro de todas as mesas da sala dos professores.

Porque os outros se mascaram mas tu não

Porque os outros usam a virtude

Para comprar o que não tem perdão.

Porque os outros têm medo mas tu não.

Porque os outros são os túmulos caiados

Onde germina calada a podridão.

Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem

E os seus gestos dão sempre dividendo.

Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos

E tu vais de mãos dadas com os perigos.

Porque os outros calculam mas tu não.

Sophia de Mello Breyner Andresen

10.6.09

In Douro ... again

Foi na minha escola, que se procedeu ao encerramento de mais um projecto Comenius com a presença de delegações de outros países: Espanha, Chipre, Grécia, Bélgica, Dinamarca. As actividades terminaram no dia 07, em que, nós, encarregados de educação da turma que participou activamente no projecto, planificamos esta actividade.

Como era dia de eleições, havia que madrugar para, activa e civicamente, participar na escolha dos eurodeputados nacionais e como sempre, soube em quem não deveria votar.
Em autocarro saído da Quinta do Paço, onde estavam alojados os estrangeiros, lá fomos então.


Começamos por visitar o Museu do Douro, onde se pode ver o notável trabalho e a dedicação que o Barão de Forrester dedicou è região do Douro durante 30 anos. Além de ter sido a primeira pessoa a tentar cartografar a região demarcada, investiu fortemente em tecnologia e conhecimentos para o desenvolvimento da vinha. E mais ainda: pintava primorosamente.

De seguida, fomos ao Solar do vinho do Porto, onde, em visita guiada, se pode fazer uma acompanhamento de todo o processo do vinho: desde a cultura da vinha, ao tratamento do vinho e sua exportação. Podem ainda ver-se alguns interessantes pormenores etngráficos que retratam o modo de vida das gentes de Douro noutros tempos.

O almoço self-service foi no Hotel Régua Douro, onde se podia escolher: Bacalhau com batatas a murro; Cabrito assado no forno; Massa à bolonheza e ainda Lombo de porco assado. Cá para mim, marchou o bacalhau.
Uma figura que sempre me fascinou, talvez ao seu ar de mistério e embuçado.

Alguns azulejos que forram as paredes do hotel.



Prova de vinhos e passeio pedestre na Quinta do Panascal.

Lanche na esplanada do Pinhão, com o Douro sempre por perto.
Não fosse alguma chuva que se tornou um pouco importuna, diria que foi um dia muito bem passado.

5.6.09

...vivendo...



"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, canta, chora, dança, ri e vive intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos".

Charles Chaplin