Por entre a multidão,
desamarro a vontade de partir.
Fico imóvel e calado
num silêncio escancarado.
Não tenho medo!
Paraliso amor e ódio
e encontro-me espalhado,
indistinto,
numa imagem desconhecida.
Aguardo com pressa a lembrança.
Numa janela interior,
encostado à distância,
aprisiono o tempo e a idade.
Escuto tantos sussurros!
Caminhares suaves,
recordados no regresso
e já visitados pelo esquecimento.
6 comentários:
Parece me que a solidão anda por ai...manda a embora...
Bom fim de semana
Beijo de um anjo
"Aguardo com pressa a lembrança.
Numa janela interior,
encostado à distância,
aprisiono o tempo e a idade."
O presente é feito do aqui e do agora. Embora as lembranças nos possam ajudar a caminhar, não são elas as impulsionadoras principais. Se fazemos o presente com as lembranças, o que é que recordaremos no futuro? A lembrança das lembranças? Aproxime-se e abra a janela bem perto...quem sabe não terá uma outra percepção! ;)
olá sonho de um ano,
quer queiramos quer não, a solidão faz parte de cada um de nós. Embora haja quem a consiga ludibriar, outros haverá que se deixam comodamente encostar a ela e aí permanecem rodeados pelo seu enganador silêncio. Quanto a mim, gosto de visitá-la, deixar-me embalar pelo seu doce e terno conforto, mas sem grandes demoras, pois apetece-me de repente viver, mesmo que estranhamente.
bj de um monge
olá anónimo
as minhas lembranças, tal como eu são muito do aqui e do agora. Não posso (nem quero) viver o futuro com a ansieddade de me vir a recordar dele. Nem me refugio no passado para me sentir confortavelmente protegido do amanhã. É precisamente do presente que retiro tudo o que me possa servir para me lembrar. E gosto de me lembrar e de visitar esses momentos já vividos. No entanto, tenho sempre vontade de partir. São as voltas do tempo, sei lá.
abraço
então os bacanos vão a Praga e nem disseram nada???
Gandes amigos!!
calabeiro
ó companheiro
pois é, lá vamos ver as checas. o ordinário é que podia ter dito alguma coisa.
abraço
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